terça-feira, 13 de outubro de 2009

SOBRE MIM, EROS
(Wikipédia)

Amado diário,
Aqui registrei a história de muitas figuras ilustres do Olimpo, porém nada especificamente sobre mim foi registrado, apesar de que estive presente em todos os relatos.
No panteão romano me chamam de Cupido, mas tanto no Olimpo grego quanto em Roma sou conhecido como o deus do amor, talvez pelas circunstâncias em que fui concebido.
Muitas são as histórias e lendas sobre minha pessoa. Uma delas é contada por Hesíodo, que na sua Teogonia, considera-me-o filho de Caos, portanto um deus primordial. Além de descrever-me como sendo muito belo e irresistível, levando a ignorar o bom senso, atribui-me também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos. Posteriormente fui considerado como um deus olímpico, filho de Afrodite e de Zeus, Hermes ou Ares, conforme as várias versões.
Platão, no seu conhecidíssimo Banquete, descreve assim o meu nascimento, elucidando alguns detalhes até mesmo do aspecto erótico:
"Quando nasceu Afrodite, os deuses banquetearam, e entre eles estava Poros (o Expediente), filho de Métis. Depois de terem comido, chegou Pínia (a Pobreza) para mendigar, porque tinha sido um grande banquete, e ela estava perto da porta. Aconteceu que Poros, embriagado de néctar, dado que ainda não havia vinho, entrou nos jardins de Zeus e, pesado como estava, adormeceu. Pínia, então, pela carência em que se encontrava de tudo o que tem Poros, e cogitando ter um filho de Poros, dormiu com ele e concebeu Eros".
Por isso, Eros tornou-se seguidor e ministro de Afrodite, porque foi gerado durante as suas festas natalícias; e também era por natureza amante da beleza, porque Afrodite também era bela.
Algum tempo depois conheci Psiquê e com ela casei-me. Daí para frente, amigo diário, você e os seus leitores já conhecem o restante da história.