terça-feira, 27 de janeiro de 2009

FORTUNA, A DEUSA DA SORTE E DA ESPERANÇA
(Wikipédia)


Amado diário,

Hoje, quando regressava do psicanalista, encontrei Fortuna, a deusa romana da sorte (seja ela boa ou má) e da esperança, vagando pelo bosque do Olimpo. Ela corresponde à divindade grega Tyche e é representada portando uma cornucópia e um timão, que simbolizam a distribuição de bens e a coordenação da vida dos homens. Geralmente, ela se nos apresenta cega ou com a vista tapada (como a moderna imagem da justiça), pois distribui seus desígnios aleatoriamente.
Dizem as más línguas que Fortuna é considerada filha de Júpiter. Dizem ainda que os romanos dedicam a ela o dia 11 de Junho, e no dia 24 do mesmo mês realizam um festival em sua homenagem, o Fors Fortuna. Seu culto foi introduzido por Sérvio Túlio, e Fortuna possui um templo próximo ao Capitólio cujo nome é Templo de Fortuna Virilis.
Mas uma coisa deixa-me intrigado, diário amigo: a deusa Fortuna é invocada sob muitos nomes distintos, dentre eles Redux (para pedir o regresso de uma viagem), Publica, Huiusce Diei (a fortuna particular do dia seguinte), e muitos outros.
Gostaria eu de entender o porquê disso.
Talvez a ninfa Rosane Volpatto possa me explicar isso algum dia!...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

PÃ, O DEUS DOS BOSQUES E DO CAMPO
(Wikipédia)


Meu amado e confidente diário,

Hoje pela manhã, quando fazia minha costumeira caminhada matutina pelo bosque, advinha só que encontrei!... Ele memso! Pã, o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores na mitologia grega, que reside em grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas.
Eu não o conhecia e ao encontrá-lo levei um baita susto, pois pensei ter encontrado em meu caminho uma horripilante e faminta fera que iria devorar-me, pois ele é metado bicho e metade gente. É representado com orelhas, chifres e pernas de bode.
Vendo que eu fiquei apavorado, ele pediu-me calma e apresenou-se como Pã, o deus daquele magnífico lugar; um amante da música que traz sempre consigo uma flauta. Disse ainda que é temido por todos aqueles que necessitam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispõem a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que são atribuídos a ele; daí o nome pânico. Os latinos chamam-no também de Fauno e Silvano.
Continuou ele dizendo-me que tornou-se símbolo do mundo pagão por ser associado à natureza e simbolizar o universo. Em Roma e chamado de Lupércio, o deus dos pastores.

Ele falou-me ainda da sua paixão pela ninfa Arcadiana Syrinx, que rejeitou com desdém o seu amor, recusando-se a aceitá-lo como seu amante pelo fato de ele não ser nem homem, nem bode. Pã então perseguiu-a, mas Syrinx, ao chegar à margem do rio Ladon e vendo que já não tinha possibilidade de fuga, pediu às ninfas dos rios, as náiades, que mudassem a sua forma. Estas, ouvindo as suas preces, atendem o seu pedido transformando-a em bambu. Quando Pã a alcançou e a quis agarrar, não havia nada, exceto o bambu e o som que o ar produzia ao atravessá-lo.
Quando, ao ouvir este som, Pã ficou encantado e resolveu então juntar bambus de diferentes tamanhos, inventando um instrumento musical ao qual chamou syrinx, em honra à ninfa. Este instrumento musical é conhecido mais pelo nome de Flauta de Pã, em honra ao próprio deus.
Disse-me também o deus Pã que é um dos filhos de Zeus com sua ama de leite, a cabra Amaltéia (Esse Zeus, heim!... não perdoava nada nem ninguém!). Seu grande amor no entanto foi Selene, a Lua. Em uma versão egípcia, Pã estava com outros deuses nas margens do Rio Nilo e surgiu Tífon, inimigo dos deuses. O medo transformou cada um dos deuses em animais e Pã, assustado, mergulhou num rio e disfarçou assim metade de seu corpo, sobrando apenas a cabeça e a parte superior do corpo, que se assemelhava a uma cabra; a parte submersa adotou uma aparência aquática. Zeus considerou este estratagema de Pã muito esperto e, como homenagem, transformou-o va constelação de Cápricórnio.
Pois é, diárioamigo, medo que senti quando o encontrei no bosque transformou-se em encatamento e êxtase, tamanha é a beleza da história que me fora contada por ele, Pã, o deus dos bosques e do campo.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ATENA, DEUSA DA GUERRA, DA SABEDORIA E DAS ARTES
(www.nomismatike.hpg.com.br/Mitologia)



Meu querido amigo diário,

Hoje retornei ao psicanalista. Lá chegando, deparei-me com Ésquilo, poeta trágico grego, que contava em versos a história de Atena, deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa.
Embora a mitologia lhe reserve várias atribuições, em todas elas Atena personifica a serenidade e a sabedoria características do espírito grego. Zeus, segundo a Mitologia Grega, para evitar o cumprimento de uma profecia, engoliu sua amante grávida, a Oceânide Métis. Depois ordenou a Hefesto que lhe abrisse a cabeça com um golpe de machado e dela nasceu Atena, já armada. Acredita-se que ela era originalmente a deusa-serpente cretense, protetora do lar. Adotada pelos micênicos belicosos, seu caráter tutelar completou-se com o de guerreira. Finalmente, transformou-se na deusa protetora de Atenas e outras cidades da Ática.
Como todos os deuses do Olimpo, Atena tem um caráter dual: simboliza a guerra justa e possui uma disposição pacífica, representando a preponderância da razão e do espírito sobre o impulso irracional. Em Atena reside a alma da cidade e a garantia de sua proteção.
Na sua tragédia Eumênides, o poeta Ésquilo deu expressão acabada à figura sábia e prudente de Atena, atribuindo-lhe a fundação do Areópago, conselho de Atenas. O mito afirma que Atena inventou a roda do oleiro e o esquadro empregado por carpinteiros e pedreiros. As artes metalúrgicas e os trabalhos femininos estavam sob sua proteção; o culto a Atena se baseia no amor ao trabalho e à cidade. Seu principal templo, o Pártenon, fica em Atenas, onde anualmente celebra-se em sua honra as Panatenéias e dão-lhe o nome de Atena Partênia.
Dizia o velho poeta grego, amado diário, que os romanos assimilaram Atena à deusa Minerva (que com Juno e Júpiter compunha a tríade capitolina) e acentuaram ainda mais seu caráter espiritual, como símbolo da justiça, trabalho e inteligência.
Saí da sala do meu psicanalista com um misto de êxtase e assombro devido à belíssima e fantástica história de Atena, muito bem contada pelo poeta trágico (e também soldado) Ésquilo.