terça-feira, 25 de setembro de 2012


A LENDA DE PERSEU

Meu querido diário,

Nessas minhas andanças pelo Olimpo, ouço inúmeras histórias sobre heróis e vilões, mitos e lendas, deuses e titãs, musas e ninfas... E o personagem da vez é Perseu, herói mítico grego que decapitou a Medusa, monstro que transformava em pedra qualquer um que olhasse em seus olhos.
Perseu era filho de Zeus, que, sob a forma de uma chuva de ouro, introduziu-se na torre de bronze e engravidou Dânae, a filha mortal de Acrísio, rei de Argos. Não acreditando que sua filha estivesse grávida de Zeus, Acrísio colocou-a em um baú e o jogou ao mar. O baú chegou à ilha de Sérifo, onde foi encontrado por Dictis, que, após o nascimento de Perseu, criou o menino.
Perseu tornou-se um grande homem, forte, ambicioso, corajoso, aventureiro e protetor da mãe. Polidectes, com medo de que a ambição de Perseu o levasse a lhe usurpar o trono, propôs um torneio no qual o vencedor seria quem trouxesse a cabeça da Medusa. O instinto aventureiro de Perseu não o deixou recusar. Conhecendo sua mãe, Perseu disse que iria participar do torneio, mas não disse que iria enfrentar a Medusa, com receio de que ela o impedisse. Da batalha contra o monstro, saiu vitorioso graças à ajuda de Atena, Hades e Hermes. Atena deu a ele um escudo tão bem polido, que tal qual num espelho, podia se ver o reflexo ao olhar para ele. Hades lhe deu um capacete que torna invisível quem o usa, e Hermes deu a ele suas sandálias aladas; três objetos que foram definitivos para a vitória de Perseu.
Então, Perseu, guiado pelo reflexo no escudo, sem olhar diretamente para a Medusa, derrotou-a cortando sua cabeça e a ofereceu à deusa Atena. Dizem, inclusive, que, quando Medusa foi morta, o cavalo alado Pégaso e o gigante Crisaor surgiram de seu ventre. Também dizem que as outras duas irmãs de Medusa, Esterno e Euriale, até hoje perseguem Perseu, mas este - fazendo-se valer das sandálias aladas que Hermes lhe dera e do capacete que recebera de Hades - sempre consegue escapar das garras das Górgonas.
Pois é, amigo diário!... Com tantas lendas, mitos e histórias afins rolando pelos bosques do Olimpo, meu tempo anda escasso, por isso não mais havia te procurado. Entanto, aqui estou de volta, e tudo farei para que juntos possamos estar com mais frequência.

sexta-feira, 9 de março de 2012

BREVES PALAVRAS SOBRE JOCASTA

Querido Diário,

Algum tempo atrás, contei-lhe UM POUCO SOBRE ÉDIPO, filho de Laio (rei de Tebas) e de Jocasta, com quem mais tarde teve um relacionamento incestuoso. E hoje aqui estou para falar um pouco sobre Jocasta, esposa de Laio (rei de Tebas) e mãe de Édipo.
Quando um oráculo profetizou que o filho de Jocasta mataria seu pai, Laio furou os tornozelos da criança e abandonou-a numa montanha. A criança, salva por um pastor, foi batizada de Édipo e adotado por Pólibos, rei de Corinto. Mais tarde, quando o oráculo em Delfos proclamou que ele mataria seu próprio pai e se casaria com sua mãe, Édipo - não querendo provocar qualquer dano à Pólibos - deixou Corinto.
Na estrada para a Beócia, Édipo discutiu com um estranho e o matou, pois acreditou tratar-se de um assaltante. A vítima era seu pai verdadeiro, Láio. Acreditando que seu filho estava morto, Jocasta não reconheceu Édipo quando ele reapareceu em Tebas como um rapaz. O jovem salvou a cidade da esfinge e, como recompensa, desposou Jocasta, que lhe deu quatro filhos.
Quando descobriu que Édipo era seu filho e, também, seu marido, Jocasta - em horror e desespero pelo seu relacionamento incestuoso - enforca-se em seu quarto. Édipo, ao ver tal cena, fura seus próprios olhos como meio de punição por ter consumado matrimônio com sua mãe e matado seu pai. Ao fim, Édipo pede o enviem para longe da cidade para que possa viver desterrado, longe de sua vergonha.
É, querido diário!... seria uma linda história de amor não fosse a maior tragédia incestuosa já registrada nos anais mitológicos!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

AS VALQUÍRIAS
(Wikipédia)

Amado diário,

Quem é vivo um dia aparece!... E cá estou, encantando com a história das Valquírias, história essa que ouvi de um colega de alojamento quando participei de um intercâmbio entre estudantes mitológicos na Escandinávia. Segundo ele, na mitologia nórdica, as valquírias eram deidades menores, servas de Odin. O termo deriva do nórdico antigo valkyrja (em tradução literal significa "as que escolhem os que vão morrer").
As valquírias eram belas jovens mulheres que, montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros (dentre os mais bravos) recém-abatidos entrariam no Valhala. Elas o faziam por ordem e benefício de Odin, que precisava de muitos guerreiros corajosos para a batalha vindoura do Ragnarok.
As valquírias escoltavam esses heróis, que eram conhecidos como Einherjar, para Valhala, o salão de Odin. Lá, os escolhidos lutariam todos os dias e festejariam todas as noites em preparação ao Ragnarok, quando ajudariam a defender Asgard na batalha final, em que os deuses morreriam. Ainda segundo o colega de alojamento, devido a um acordo de Odin com a deusa Freya - que chefiava as valquírias -, metade desses guerreiros e todas as mulheres mortas em batalha eram levadas para o palácio da deusa.
As deidades servas de Odin cavalgavam nos céus com armaduras brilhantes e ajudavam a determinar o vitorioso das batalhas e o curso das guerras. Elas também serviam a Odin como mensageiras, e quando cavalgavam como tais, suas armaduras faiscavam causando o estranho fenômeno atmosférico chamado de Aurora Boreal.
Tão interessado fiquei pela história das Valquírias, que anotei na minha caderneta os seus nomes originais a fim de procurar - na internet – os seus respectivos singnificados: Brynhild (correspondente de batalha, muitas vezes confundida com Brunhilde, da Saga dos Nibelungos), Sigrun (ruína da vitória), Kara, Mist, Skogul (batalha), Prour (força), Herfjotur (grilhão de guerra), Raogrior (paz do deus), Gunnr (lança da batalha), Skuld (aquela que se torna), Sigrdrifa (nevasca da vitória), Svana, Hrist (a agitadora), Skeggjold (usando um machado de guerra), Hlokk (estrondo de guerra), Goll (choro da batalha), Randgrior (escudo de paz), Reginleif (herança dos deuses), Rota (aquela que causa tumulto) e Gondul (varinha encantada ou "lobisomem").
Uma história simplesmente fascinante, não é mesmo, diário amigo???