terça-feira, 26 de outubro de 2010

NÉFTIS, A DEUSA EGÍPCIA DOS MORTOS
(Wikipédia)


Amigo Diário,

Há muito tempo não registro nada aqui. Tudo por causa da escassez de tempo, pois ando muito ocupado com trabalhos da escola. E por falar em escola, o professor de História nos pediu que fizéssemos um trabalho sobre Néftis, uma divindade da mitologia egípcia que representava as terras áridas e secas do deserto e a morte. Foi ela, inclusive, quem ajudou Ísis a recolher os pedaços de Osíris quando Seth o destruiu (essa história contarei depois). O nome Néftis significa "Senhora da Casa" ou "Senhora do Castelo", entende-se como casa o lugar onde Hórus vive.
Por oposição a sua irmã, cujo culto era celebrado em diversos templos, Néftis não era venerada de forma isolada, privando-se assim de uma existência autônoma, fato que justificava a sua constante aparição ao lado de Ísis. A sua associação ao Culto dos Mortos aflorou do mito osírico, no decorrer do qual a sua presença é incontornável.
Néftis é representada como uma mulher com cabeça de cobra ou uma serpente com cabeça de mulher, uma cobra ou um escorpião com cabeça de mulher ou um simples escorpião (cruz-credo!!!). Na maioria das vezes era como uma mulher com asas e o seu nome em hieróglifo na cabeça.
Segundo as escrituras egípcias, Néftis e Ísis são incumbidas de velar pelos mortos. Por conseguinte, Néftis era representada na cabeceira dos sarcófagos reais do Império Novo, enquanto que Ísis surgia aos pés dos sarcófagos, da mesma forma várias vezes eram evocadas em cenas de julgamentos dos mortos.
As duas deusas e irmãs são efígies do "barco que transportaria o defunto na sua derradeira viagem até o paraíso". Deste modo, e juntamente com Selkis e Neit, oferecem a sua proteção aos vasos canópicos, onde as vísceras do falecido eram conservadas
Algumas versões contam que Néftis fora seduzida por Osíris. Seth, com suposta inveja do irmão, destruiu Osíris, partindo seu corpo em pedaços. Ísis e Néftis - que também não tolerava a conduta de Seth, embora este fosse seu marido - recuperaram todos os fragmentos do cadáver, à exceção do seu pênis, que fora comido por um peixe, mas que Ísis refez, com magia. Em seguida, Ísis organizou uma vigília fúnebre, na qual suspirou ao cadáver reconstituído do marido: “Eu sou a tua irmã bem amada. Não te afastes de mim, clamo por ti! Não ouves a minha voz? Venho ao teu encontro e, de ti, nada me separará!” Durante horas, Ísis e Néftis, com seus corpos purificados, inteiramente depiladas, com perucas perfumadas e bocas purificadas por natrão, pronunciaram encantamentos numa câmara funerária, impregnada por incenso.
É, amado diário, percebe-se que não é só na Mitologia Grega que encontramos histórias funestas e/ou incestuosas!... Basta embrenhar-se um pouco mais a fundo pela História Antiga para encontrar muitas histórias esquisitas mundo afora!!!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O DESAPARECIMENTO DA RAINHA NEFERTITI
(Wikipédia)

Meu diário confidente,
Mesmo diante do incômodo fato de não ter gerado nenhum varão, Nefertiti sempre acompanhou o seu marido lado a lado em seu reinado, porém, a certa altura, no ano 12 do reinado de Amen-hotep ela esvanece, e parece ter sumido sem deixar quaisquer pistas.
Este desaparecimento foi interpretado, inicialmente, como uma queda da rainha, que teria deixado de ser a principal amada do faraó, preterida a favor de Kiya. Objetos da rainha encontrados num palácio situado no bairro norte de Amarna sustentam a visão de um afastamento. Hoje em dia considera-se que o mais provável foi o contrário: Kiya foi talvez afastada por uma Nefertiti ciumenta.
Uma hipótese que procura explicar o silêncio das fontes considera que Nefertiti mudou novamente de nome para Ankhetkheperuré Nefernefernuaton. Esta mudança estaria relacionada à sua ascensão ao estatuto de co-regente. Ainda segundo a mesma hipótese, quando Akhenaton faleceu Nefertiti mudou novamente de nome para Ankhetkheperuré Semenkharé e governou como faraó durante cerca de dois anos. Há ainda uma outra hipótese: como os sacerdotes de Amon não aceitavam o Deus Aton como único do Egito, eles teriam mandado assassinar Nefertiti, pois a consideravam o braço direito de Akhenaton. Sua morte teria desestabilizado o faraó que tinha em sua figura o apoio indiscutível para o Projeto do "Deus Único", representado por Aton. Cerca de dois anos depois, Akhenaton veio a falecer de forma misteriosa, assim, sua filha primogênita com Nefertiti - Meritaton, foi elevada ao estatuto de "grande esposa real". O seu reinado foi curto, pois segundo historiadores, ela, seu marido e outros habitantes de Amarna na época foram assassinados e proscritos. Restando de sangue real apenas Tuthankamon, então com 9 anos, e sua outra irmã, Ankhesenamon, com 11 anos.
E como não bastassem as tantas desventuras na vida de Nefertiti, alguns estudiosos (para não dizer fofoqueiros) especulam que toda essa história rodeada de mistérios poderia se tratar, simplesmente de amor entre iguais, entre dois homens, dadas as características singulares de Akhenaton.
Um verdadeiro absurdo, diário amigo, e uma grande falta de respeito à memória da grande rainha Nefertiti!...

sábado, 17 de julho de 2010

A VIDA FAMILIAR DE NEFERTITI
(Wikipédia)

Pois bem, querido diário, dando continuidade à história de Nefertiti, falo agora um pouco da sua vida familiar.
Ela teve seis filhas com Akhenaton: Meritaton, Meketaton, Ankhesenpaaton, Neferneferuaton, Neferneferuré e Setepenré. Pensa-se que as três primeiras filhas nasceram em Tebas antes do sexto ano de reinado e as três últimas em Akhetaton, entre o sexto e o nono ano de reinado.
A segunda filha do casal, Meketaton, faleceu pouco antes do décimo segundo ano de reinado. Segundo informações, essa filha teria morrido afogada.
Durante o reinado de Akhenaton espalhou-se por todo Egito uma peste, além de um surto de malária, conhecido na época como "doença mágica" que matou 3 filhas do casal, além de quase ceifar a vida de Tuthankamon.
Nefertiti era a mulher mais bela da época e Akhenaton não tinha os traços dos egípcios conhecidos.
Akhenaton teve, ainda, dois filhos com Kia, uma esposa secundária: Nebnefer, que morreu durante o surto de peste e Tutankhaton, que depois que voltou a Tebas foi obrigado a mudar seu nome para Tuthankamon, pois depois da morte de Akhenaton, o Deus Aton, foi proscrito por alguns anos. Kia teria morrido no parto de Tutankhamon, e a mesma serviu apenas para dar a Akhenaton dois filhos homens para continuar o reinado, visto que Nefertiti não conseguia gerar filhos varões.
Bem, amado diário, em nosso próximo encontro eu lhe falarei sobre o desaparecimento da rainha Nefertiti.
Até lá!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

A RAINHA NEFERTITI
(Wikipédia)

Meu querido amigo Diário,

Há muito tempo não lhe confidencio nada, mas a minha ausência tem uma justificativa: tirei férias a fui dar um passeio pelo Egito.
A mitologia daquele país é tão encantadora quanto a nossa e a romana. Magníficas histórias eu tenho para contar-lhe, a começar pela da estonteante e enigmática Nefertiti, cujas origens familiares são pouco claras.
O seu nome significa "a mais Bela chegou", o que levou muitos investigadores a considerarem que Nefertiti teria uma origem estrangeira, tendo sido identificada por alguns como Tadukhipa, uma princesa do Império Mitanni (império que existiu no que é hoje a região oriental da Turquia), filha do rei Tushratta. Sabe-se que durante o reinado de Amen-hotep III chegaram ao Egito cerca de trezentas mulheres de Mitanni para integrar o harém do rei, num gesto de amizade daquele império para com o Egito. Nefertiti pode ter sido uma dessas mulheres, que adotou um nome egípcio e os costumes do país.
Contudo, nos últimos tempos tem vingado a hipótese de Nefertiti ser egípcia, filha de Ay, alto funcionário egípcio responsável pelo corpo de carros de guerra que chegaria a ser faraó após a morte de Tutankhamon. Ay era irmão da rainha Tié, esposa principal do rei Amen-hotep III, o pai de Akhenaton; esta hipótese faria do marido de Nefertiti o seu primo. Sabe-se que a família de Ay era oriunda de Akhmin e que este tinha tido uma esposa que faleceu (provavelmente a mãe de Nefertiti durante o parto), tendo casado com a dama Tié.
De igual forma o nome Nefertiti, embora não fosse comum no Egito, tinha um alusão teológica relacionada com a deusa Hathor, sendo aplicado à esposa real durante a celebração da festa Sed do rei (uma festa celebrada quando este completava trinta anos de reinado).
Não se sabe que idade teria Nefertiti quando casou com Amen-hotep (o futuro Akhenaton). A idade média de casamento para as mulheres no Antigo Egipto eram os treze anos e para os homens os dezoito. É provável que tenha casado com Amen-hotep pouco tempo antes deste se tornar rei.
Pois é, Diário amigo, essa é só uma pequena parte da história da belíssima Nefertiti, e em breve voltarei para falar-lhe mais sobre ela.

terça-feira, 30 de março de 2010

AGAMEMNON

Querido amigo diário,
Ontem, na aula de História, conheci um pouco da história do pai de Ifigênia e Electra, Agamemnon, um dos mais distintos heróis gregos, filho do rei Atreu de Micenas e da rainha Aerope/Érope, e irmão de Menelau.
Ele foi o comandante supremo dos gregos durante a guerra de Tróia; e diz a lenda que durante a luta, Agamémnon matou Antifo. O condutor de carros de Agamémnon, Halaeso, lutou mais tarde com Eneias, em Itália.
Segundo o professor, a Ilíada conta a história da briga entre Agamémnon e Aquiles no ano final da guerra. Agamémnon tomou para si uma escrava atrativa e espólio de guerra, Briseis, que era de Aquiles. Aquiles, o maior guerreiro da altura, saiu da batalha por vingança, e quase custou a guerra aos gregos
Atreu, o pai de Agamémnon, foi assassinado por Egisto, que se apoderou do trono de Argos e governou juntamente com o seu pai Tiestes. Durante este período, Agamenon e Menelau procuraram refúgio em Esparta. Casaram-se com as princesas espartanas Clitemnestra e Helena, respectivamente. Agamenon e Clitemnestra tiveram quatro filhos: três filhas, Ifigênia, Electra, Crisotêmis e um filho, Orestes.
Menelau herdou o trono de Esparta, enquanto Agamémnon, com a ajuda do irmão, expulsou Egisto e Tiestes para recuperar o reino do seu pai. Alargou os seus domínios pela conquista, e tornou-se o rei mais poderoso da Grécia.
Contudo, a história da família de Agamémnon, indo até o lendário rei Pélope, tinha sido manchada por violação, assassínio, incesto, e traição.
Ainda de acordo com as palavras do professor, os gregos acreditavam que este passado violento lançou infortúnios sobre a inteira Casa de Atreu.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

UM POUCO SOBRE ÉDIPO


Querido amigo diário,

Desde que saí de férias, nada registrei em suas páginas. Hoje, porém, cá estou para fazer um breve relato sobre um rapaz que conheci recentemente nas ruínas da Grécia Antiga: Édipo é o nome dele.
Édipo é um personagem da mitologia grega, cuja fama se deu por matar o pai e casar-se com a própria mãe. Filho de Laio e de Jocasta, pai de Etéocles, Ismênia, Antígona e de Polinice.
Segundo a lenda grega, Laio, o rei de Tebas, havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: Seu próprio filho o mataria e se casaria com a própria mãe. Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão, pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como Edipodos, o de "pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos.
Èdipo consulta o Oráculo que lhe dá a mesma previsão dada a Laio: ele mataria seu pai e desposaria sua mãe. Achando-se tratar de seus pais adotivos, foge de corinto.
No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou, pois, Laio o mandou sair de sua frente.
Após derrotar a Esfinge que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo conseguiu desvendar, dizendo que era o homem. "O amanhecer é a criança engatinhando, entardecer é a fase adulta, que usamos ambas as pernas, e o anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".
Conseguindo derrotar o monstro ele seguiu à sua cidade natural e casou-se, "por acaso" (já que ele pensava que aqueles que o haviam criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro filhos. Quando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho. Ela comete suicídio e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas duas filhas como se fossem suas próprias.
E eu cá pensando que minha família era a única pervertida do Olimpo.
É, diário amigo, vejo que serei obrigado a continuar com as minhas visitas ao psicanalista!...