terça-feira, 25 de agosto de 2009

JUNO LUCINA
(Wikipedia)



Caríssimo amigo diário,
Quando eu contemplava a beleza dos bosque do Olimpo, encontrei, deitada sob a sobra de uma árvore, Juno Lucina (também conhecida como Hera na mitologia grega), a esposa de Júpiter e rainha dos deuses. Ela é representada pelo pavão, sua ave favorita. Íris era sua servente e mensageira.
Juno e Júpiter tinham 2 filhos, Marte (Ares), deus da guerra, e Vulcano (Hefesto), o artista celestial, que era coxo. Juno sentia-se tão aborrecida ao vê-lo que atirou-o para fora do céu. Outra versão diz que Júpiter o jogou para fora, por este ter participado de uma briga do rei do Olimpo com Juno, deixando-o coxo com a queda.
Dizem por aí que Juno possuía muitas rivais, entre elas, a bela Calisto, que Juno, por inveja da imensa beleza que conquistara seu marido, transformou numa ursa. Calisto passou a viver sozinha com medo dos caçadores e das outras feras da floresta, esquecendo-se de que agora ela própria era uma. Um dia, Calisto reconheceu num caçador seu filho Arcas, já homem. Quis correr e abraçá-lo, mas Arcas já erguera sua lança para matá-la quando Júpiter, vendo a desgraça que estava por acontecer afastou-os e lançou-os ao céu transformando-os nas constelações de Ursa Maior e Ursa Menor. Juno, enfurecida por Júpiter ter dado tal privilégio a sua rival, sai à procura de Tétis e Oceanus, as antigas divindades do mar. Conta-lhes toda a injúria que Júpiter fizera a ela, e pede para que eles não deixem as constelações se esconderem em suas águas. Assim a Ursa Maior e a Ursa Menor movem-se em círculo no céu mas nunca descem por trás do oceâno, como as outras estrelas.
Ouvi falar ainda que outra de suas rivais foi Io, que Júpiter, ao sentir a presença de Juno, transforma em uma novilha. Juno, desconfiada, pede a novilha de presente. Júpiter não podia negar um presente tão insignificante a sua mulher, então, pesaroso, entrega a novilha a Juno que coloca-a sob os cuidados de Argos Panoptes, um monstro de muitos olhos, e tendo tantos, nunca fechava mais que dois para dormir, vigiando Io dia e noite. Júpiter, perturbado pelo sofrimento da amante, pede a Mercúrio que mate Argos. Com músicas e histórias, Mercúrio consegue fazer com que Argos feche seus 100 olhos e nisso corta sua cabeça fora. Juno entristecida recolhe seus olhos que haviam perdido toda a luz e coloca-os na cauda de seu pavão, onde permanecem até hoje.
Enfurecida, Juno persegue Io por muitas partes da terra até que Júpiter intercede por ela prometendo não dar mais atenção a Io. Juno concorda devolvendo-lhe a aparência humana.
Outro forte inimigo de Juno foi Hércules, filho de Júpiter com a mortal Alcmena. A este declarou guerra desde seu nascimento. Com uma tentativa frustrada de matá-lo quando era apenas um bebê, Juno o submete a Euristeus, que o envolve em muitas aventuras perigosas que ficaram conhecidas como "doze trabalhos".
Amigo diário, mesmo já tendo falado aqui alguma coisa sobre June, sempre haverá mais e mais coisas a serem faladas sobre criatura tão encantadora e fascinante...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ESCULÁPIO, O DEUS DA MEDICINA E DA CURA

Querido diário,
Depois do encontro com Ifigênia, fomos Psiquê e eu procurar um médico, pois minha amada não estava sentindo-se bem. Chegando ao consultório, vi uma moldura com a imagem de um homem barbudo, com o ombro direito descoberto, de olhar sereno ao horizonte. Seu braço esquerdo, sempre aparece apoiado num cajado, confundido às vezes com o caduceu de Mercúrio, que possui duas serpentes, enquanto em volta de seu bastão há apenas uma serpente, pendurada na parede. Perguntei à secretária quem era aquele homem e ela me disse que se tratava de Esculápio, o deus romano da medicina e da cura. Disse-me ainda tratar-se de um deus herdado diretamente da mitologia grega, na qual tinha as mesmas propriedades, mas um nome sutilmente diferente: Asclépio.
Segundo reza o mito, Esculápio nasceu como mortal, mas depois da sua morte foi-lhe concedida a imortalidade, transformando-se na constelação Ofiúco. Dentre seus filhos encontram-se Hígia - deusa da saúde pública -, Panacéia - deusa da farmácia -, Podalírio, Macaão e Telésforo.
Depois de algum tempo, Esculápio passou a ser considerado como filho de Apolo com a mortal Corônis, tendo então o poder de curar aos enfermos. Anos mais tarde o bordão de Esculápio se transformaria no símbolo da medicina.
Pois é, diário amigo, a cada dia que passa, descubro novas e fascinantes histórias aqui no Olimpo. Estou pensando seriamente em ser historiador, pois muitas todas essas novas descobertas estão levando-me ao fascínio e ao êxtase.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

IFIGÊNIA
(Wikipedia)

Querido amigo diário,
Perambulando pelos bosques do Olimpo, encontrei Ifigênia, a filha de Agamemnon e Clitemnestra.
Ficamos horas conversando sob a sombra de um flamboyant. Ele contou-me que deveria ser sacrificada pelo seu pai a Ártemis, para que a deusa fizesse soprar bons ventos para a partida dos exércitos gregos a Tróia. Ártemis, que não permitia sangue humano em seu altar, substituiu a princesa por uma corsa, e a fez sua sacerdotisa, levando-a para Táurida. Clitemnestra não admitiu Agamemnon, sacrificar sua própria filha, e por isso matou-o quando ele estava na piscina do palácio. Mais tarde, Orestes, irmão de Ifigênia, reencontrou-a em Táurida, e levou-a para Micenas de volta.
Quando estávamos empolgados com o nosso papo, cada um querendo saber mais sobre o outro, Psiquê apareceu e fomos passear juntos.
Me despedi da princesa, porém antes marcamos um novo encontro para um futuro bem próximo, agora a três, é claro!...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

DEMÉTER, A DEUSA DA AGRICULTURA
(Wikipédia)

Diário amigo,
Mais uma vez cá estou eu em estado de êxtase com as lindas e fascinantes histórias do Olimpo. Hoje falarei sobre Deméter (ou Demetra), nome de Ceres na mitologia romana, uma das doze divindades do Olimpo e filha de Cronos (Saturno) e Réia (Cibele).
Deméter é a deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações.
Quando Hades raptou Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca Terra afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse: “Ingrato solo, que tornei fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores!”
Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana, metarmofoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos.
Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar.
Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Proserpina. Neste período Perséfone é chamada Core, a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido.
Fascinado com a história do meu lugar, o Olimpo, estou pensando em estudar para tornar-me um grande Historiador, com especialização em Mitologia. Não é uma boa ideia, diário querido?