segunda-feira, 30 de março de 2009

OS CICLOPES
(Wikipedia)

Querido diário,
Hoje, o assunto lá no consultório do psicanalista foi os ciclopes (que quer dizer "olho redondo").
Os cliclopes eram gigantes imortais com um só olho no meio da testa que, segundo o hino de Calímaco, trabalhavam com Hefesto como ferreiros, forjando os raios usados por Zeus. Os ciclopes podem ser divididos em dois grupos de acordo com o tempo de existência: os ciclopes antigos (ou primeira geração) e os ciclopes jovens (nova geração). Eles aparecem em muitos mitos da Grécia, porém com uma origem bastante controversa. De acordo com sua origem, esses seres são organizados em três diferentes espécies:

1 - Os urânios, filhos de Urano e Gaia, que segundo a lenda por causa de seus enormes poderes, seu pai Urano, senhor dos céus, trancou-os no interior da Terra com seus irmãos, os hecatônquiros, gigantes de cem braços e cinquenta cabeças. Gaia, encolerizada por ter os filhos presos no Tártaro, incita-os a apoiar a guerra travada por cinco dos seis titãs, também seus filhos com Urano, a fim de tomar o trono do pai que, à época, governava o céu. Os titãs vencem, porém os ciclopes são enviados novamente para o abismo do Tártaro;
2 - Os sicilianos, que são filhos do deus dos mares Poseídon. Segundo os poemas de Homero, são retratados como gigantescos e insolentes pastores fora da lei, os quais habitavam a parte sudoeste da Sicília. Não se importavam muito com a agricultura e todos os pomares cultivados naquelas terras eram invadidos por eles, quando procuravam por comida. Registra-se que, por vezes, comiam até mesmo carne humana. Por este motivo, eram considerados como seres que não possuíam leis ou moral, morando em cavernas, cada um deles, com sua esposa e filhos, os quais eram disciplinados de forma bastante arbitrária pelos mesmos;
3 - Os contrutores, que provêm do território da Lícia. Esses posuíam grande poder físico e não eram violentos. Seus trabalhos eram muito pesados e nenhum humano conseguiria realizá-lo tão facilmente. Suspeita-se de que esses ciclopes sejam os responsáveis pela construção das muralhas das cidades de Tirinto e Micenas.

No Olimpo desde o meu nascimento, eu jamais havia ouvido falar nessas fabulosas criaturas de um olho só, diário amigo. No início fiquei assustado, mas no decorrer da história, cheguei à conclusão que aqui no Olimpo há coisas piores, por isso visito, quase todos os dias, o psicanalista.

quarta-feira, 25 de março de 2009

O MINOTAURO
(Wikipédia)

Amigo diário,
Muitas são as histórias fascinantes que ouço no conslultório do meu psicanalista enquanto aguardo minha vez de ser consultado, e algumas delas me deixam com um misto de pavor e encantamento.
Hoje mesmo ouvi alguém falar sobre um ser metade homem, metade touro: o Minotauro.
O Minotauro (também conhecido como Asterião) era uma criatura selvagem (e como eu bem disse anteriormente, meio homem e meio touro), e Minos (rei de Creta), após receber um conselho do Oráculo de Delfos, mandou Dédalo construir um labirinto gigante para conter o Minotauro e mantê-lo por lá, bem longe do povo de Creta. Este foi localizado sob o palácio de Minos em Cnossos. Porém, ocorreu que Androceu, filho de Minos, foi morto pelos atenienses, que invejaram suas vitórias no festival panatinaico.
Para vingar a morte de seu filho, Minos declarou guerra contra Atenas e venceu. Ele então ordenou que sete jovens e sete damas atenienses fossem enviados anualmente para serem devorados pelo Minotauro.
Quando o terceiro sacrifício veio, Teseu voluntariou-se para ir e matar o monstro. Ariadne, filha de Minos, apaixonou-se por Teseu e o ajudou entregando-lhe uma bola de linha de costura para que ele pudesse sair do labirinto. Teseu matou o Minotauro com uma espada mágica que Ariadne havia lhe dado e liderou os outros atenienses para fora do labirinto. Minos, irado por Teseu ter conseguido escapar, aprisionou Dédalo e o seu filho Ícaro no labirinto. Eles conseguiram escapar construindo dois pares de asas para si mesmos usando penas e cera de abelha para grudá-las. Ícaro ficou tão encantado com a sua façanha que voou cada vez mais alto, chegando perto do Sol, o que fez derreter a cera e provocou sua queda mortal sobre o que hoje é o mar Egeu.
Mas essa já é uma outra história, diário amigo, porém não menos fascinante que esta que acabo de contar e outras histórias a ti relatadas.

segunda-feira, 9 de março de 2009

MEDUSA
(Wikipédia)

Querido amigo diário,
Lendo os registros históricos do Olimpo, descobri uma história fascinante: a história de Medusa, que é uma das três Górgonas, divindades da mitologia grega, filhas das divindades marinhas Fórcis e Ceto e irmãs das velhas Gréias.
Ao contrário de suas irmãs Górgonas, Esteno e Euríale, Medusa era mortal.
Certa vez, quando Medusa estava sentada num campo cercada de flores de Primavera, o deus do Oceano, Poseídon, une-se a ela e gera os seus dois únicos filhos, mas estes só nascem no momento da sua morte.
Medusa era portadora de extrema beleza juntamente com suas duas irmãs e a vida das três (vidas debochadas e dissolutas) aborrecia os demais deuses, principalmente à deusa Afrodite. Para castigá-las, minha mãe transformou-as em monstros com serpentes em vez dos seus belos cabelos, presas pontiagudas, mãos de bronze, asas de ouro, e, segundo as lendas e mitos gregos contam, ela tinha o poder de transformar em estátuas de pedra as pessoas que olhassem diretamente em seus olhos.
Temidas pelos homens e pelos deuses, as três habitavam o extremo Ocidente, junto ao país das Hespérides e vizinhas de Nix (a deusa da Noite).
Segundo a mitologia grega, Medusa foi morta pelo herói Perseu. Usando seu escudo de bronze bem polido, Perseu olhou para ela através do reflexo para não ser transformado em pedra. Após decaptá-la, entregou a cabeça à deusa Atena, que a fixou ao seu escudo.
Uma história linda e fascinante, diário querido, no entanto um pouco assustadora. Mas nada justifica a reação violenta provocada pelo ciúme e pelo instinto possessivo e egocêntrico da minha mãe.

terça-feira, 3 de março de 2009

A CAIXA DE PANDORA
(Wikipedia)

Amigo diário,
Após tomar conhecimento da história da minha meia-irmã Pandora, fiquei curioso e fui à procura, também, de informações acerca da tão falada caixa que ela portava. Fiquei de queixo caído com o que descobri.
A caixa de Pandora é uma expressão muito utilizada quando se quer fazer referência a algo que gera curiosidade, mas que é melhor não ser revelado ou estudado, sob pena de se vir a mostrar algo terrível, que possa fugir de controle. Esta expressão vem do mito grego, que conta sobre a caixa que foi enviada com Pandora a Epimeteu.
Pandora foi enviada a Epimeteu, irmão de Prometeu, como um presente de Zeus. Prometeu, antes de ser condenado a ficar 30.000 anos acorrentado no Monte Cáucaso, tendo seu fígado comido pelo abutre Éton todos os dias,alertou o irmão quanto ao perigo de se aceitar presentes de Zeus.
Epimeteu, no entanto, ignorou a advertência do irmão e aceitou o presente do rei dos deuses, tomando Pandora como esposa. Pandora trouxe uma caixa (uma jarra ou ânfora, de acordo com diferentes traduções), enviada por Zeus em sua bagagem. Epimeteu acabou abrindo a caixa, e liberando os males que haveriam de afligir a humanidade dali em diante: a velhice, o trabalho, a doença, a loucura, a mentira e a paixão. No fundo da caixa, restou a Esperança (ou segundo algumas interpretações, a Crença irracional ou Credulidade). Com os males liberados da caixa, teve fim a idade de ouro da humanidade.
Uma belíssima história, diário querido, porém assustadora.