sexta-feira, 31 de outubro de 2008

PIGMALIÃO E GALATÉIA

Meu fraterno diário,

Hoje voltei ao mundo encantado da ninfa Flávia Silva, o Wordpress. Lá chegando, encontrei-a. Fiquei horas e horas conversando com ela, que contou-me a história fabulosa de Pigmalião, um escultor que via tantos defeitos nas mulheres que começou a abominá-las. Um certo dia ele esculpiu uma estátua tão linda que se apaixonou por ela. Pigmalião ficava horas com a estátua, apalpava-a para verificar se estava viva, e dava presentes que toda mulher do mundo sempre sonhou. Pigmalião orou a Vênus, que, compadecida, deu vida à estátua, chamando-a de Galatéia. com quem o escultor teve um filho, Pafo, que mais tarde dera nome à cidade sagrada de Afrodite..
Após despedir-me de Flavinha, tomei o rumo de casa. Enquanto percorria os bosques do Olimpo, pensava na história de Pigmalião e Galatéia. Daí, veio-me à memória: Galatéia era uma das ninfas imortais do mar, ou seja, uma divindade marítima.
Filha de Nereu e Dóris, essa nereida, cujo nome significa donzela branca, vivia nas costas da Sicília. Passava seu tempo brincando nas ondas do mar. Um dia a jovem foi vista por Polifemo, que se apaixonou por ela. Este era um dos temíveis e monstruosos cíclopes, gigantes de um só olho, que habitavam aquela ilha. Galatéia, porém, era enamorada do belo Ácis, filho do deus Pã e de uma ninfa. Um dia, quando a nereida repousava com seu amante junto ao mar, ambos foram vistos por Polifemo. Este perseguiu Ácis e terminou por esmagá-lo com uma enorme rocha. Galatéia reviveu seu amado convertendo-o em um rio de águas límpidas (o rio Ácis ou Ácio), apelando para a mãe deste, uma ninfa dos rios. Em seguida, lançou-se ao mar, indo viver nas ondas que tocam as areias com suas espumas brancas, sem retornar à terra.
É, diário amigo, talvez Afrodite e todas as divindades femininas do Olimpo e do Éden tenham rido muitas vezes ao verem Pigmaleão, que outrora tinha desprezado as mulheres, transformar-se em um servo devoto da mulher modelada originalmente por suas próprias mãos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

AS NOVE MUSAS

Meu diário amigo,
Quando aqui estive pela última vez, vindo do psicanalista, expliquei-lhe qual o significado da expressão “ninfa”. Hoje, volto às suas páginas para explicar o que são as “musas” e como surgiram.
Num dos meus passeios ao mundo virtual-fantástico Wikipédia, descobri que, na Grécia, as musas eram filhas de Mnemósine e Zeus.
Após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, conhecidos como titãs, foi solicitado a Zeus que se criassem divindades capazes de cantar a vitória e perpetuar a glória dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemósine (a deusa da memória) durante nove noites consecutivas e, um ano depois, Mnemósine deu à luz nove filhas em um lugar próximo ao monte Olimpo. Criou-as ali o caçador Croto, que depois da morte foi transportado, pelo céu, até a constelação de Sagitário. As musas cantavam o presente, o passado e o futuro, acompanhadas pela lira de Apolo, para deleite das divindades do panteão. Eram, originalmente, ninfas dos rios e lagos. Seu culto era originário da Trácia ou em Pieria, região a leste do Olimpo, de cujas encostas escarpadas desciam vários córregos produzindo sons que sugeriam uma música natural, levando a crer que a montanha era habitada por deusas amantes da música. Nos primórdios, eram apenas deusas da música, formando um maravilhoso coro feminino. Posteriormente, suas funções e atributos se diversificaram.

Fiquei sabendo ainda que suas moradas, normalmente situadas próximas à fontes e riachos, ficavam na Pieria, leste do Olimpo (musas pierias), no monte Helicon, na Beocia (musas beocias) e no monte Parnaso, em Delfos (musas délficas). Nesses locais dançavam e cantavam, acompanhadas muitas vezes de Apolo Musagetes (líder das musas - epíteto de Apolo). Eram bastante zelosas de sua honra e puniam os mortais que ousassem presumir igualdade com elas na arte da música. O coro das musas tornou o seu lugar de nascimento um santuário e um local de danças especiais.
Dizem ainda os escritos do mundo virtual-fantástico Wikipedia que elas também freqüentavam o Monte Hélicon, onde duas fontes, Aganipe e Hipocrene, tinham a virtude de conferir inspiração poética a quem bebesse suas águas. Ao lado das fontes, faziam graciosos movimentos de uma dança, com seus pés incansáveis, enquanto exibiam a harmonia de suas vozes cristalinas.
São essas e outras fantásticas histórias, amigo diário, que encantam e fascinam trovadores e poetas cuja sensibilidade vive à flor da pele, e dentre estes, cito Joésio Menezes, poeta amador que vive a exaltar as musas e os seus infinitos encantos.


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

NINFAS, PERSONIFICAÇÕES DA GRAÇA CRIATIVA E FECUNDADORA NA NATUREZA
(Wikipedia)

Meu adorável diário,
Quando venho a ti registrar o meu dia-a-dia, sempre menciono aqui a expressão “ninfa”, porém nunca te expliquei o significado desse termo.
Na mitologia grega, ninfas são qualquer membro de uma grande categoria de deusa-espíritos naturais femininos, às vezes ligados a um local ou objeto particular. São espíritos, geralmente alados, habitantes dos lagos e riachos, bosques, florestas, prados e montanhas; e, freqüentemente, associados a deuses e deusas maiores, como a caçadora Ártemis, ao aspecto profético de Apolo, ao deus das árvores e da loucura Dionísio, ao aspecto pastoreador de Hermes.
Apesar de serem consideradas divindades menores, espíritos da natureza, as ninfas são divindades às quais todo o mundo Helénico presta grande devoção e homenagem, e mesmo temor. Não podemos esquecer que, de acordo com a mitologia grega, Hérmia é a rainha das fadas e ninfas.
As Ninfas aparecem muitas vezes como auxiliares de outras divindades, como são exemplo as ninfas de Circe, ou como ajudantes de certos deuses, particularmente Ártemis, ou mesmo de outras Ninfas de maior estatuto como Calipso. Elas também aparecem bastante em lendas onde o amor é o motivo central, como nas histórias de Eco e Calisto, e ainda onde o papel de mulher de um herói é de certa maneira tema recorrente, como são exemplos a lenda de Aegina e Aeacus ou a da Ninfa Taygete.
Há ainda, diário querido, uma outra classe de ninfas: a daquelas que residem fora do Olimpo, mais precisamente sob o olhar atento dos querubins e dos mortais-poetas. Uma dessas divindades menores é a exuberante Inês Hott, a responsável por muitos dos versos escritos pelo poeta Joésio Menezes, alguns dos quais transcrevo abaixo:
NINFA
(Joésio Menezes)

Imagino a torpe humanidade
Navegando sobre as águas da paz
Em busca da ninfa que nos dá felicidade
Sempre que ao nosso lado presente se faz...

Hoje, essa fabulosa divindade
Ostenta nos olhos timidez voraz,
Traz no riso ares de ambigüidade;
Talvez mostrando-nos do que ela é capaz.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008


LILITH, A DEUSA DA NOITE


Meu amigo e confidente diário,

Quando retornava eu do psicanalista, encontrei a ninfa Rosane Volpatto (freqüentadora assídua dos jardins do Éden) passeando absortamente pelo bosque. Aproximei-me dela e fui logo perguntando “que bons ventos traziam-na” ao Olimpo. Ela então me respondeu que nos fora enviada para contar-nos as desventuras de Lilith, supostamente a primeira esposa de Adão, primeiro habitante do Éden. Ela contou-me uma das versões sobre a Criação de Lilith: disse-me que, segunda a mitologia Hebréia, Yahvé fez Lilith à imagem e semelhança de Adão. Porém, no lugar de usar terra limpa, tomou a sujeira e sedimentos impuros da terra e deles formou uma mulher. E como era de se esperar, essa criatura resultou ser um espírito maligno (inacreditável em se tratando de mulher!).
Lilith se converteu, a posteriori, na primeira esposa de Adão, cuja presença original nunca terminou de eliminar-se totalmente do seu segundo matrimônio. A lenda tacha de insubordinação a atitude de Lilith, pois ela se negara a aceitar seu "lugar apropriado" que, aparentemente, era permanecer debaixo de Adão durante a relação sexual. Questionava ela o porquê de ficar por baixo dele já que ambos foram criados de barro, sendo, portanto, semelhantes. Adão por sua vez não teve argumentos convincentes para contestar a pergunta, de maneira que, ao pronunciar o nome mágico de Deus, Lilith se foi voando pelos ares até o Mar Vermelho. Ali dá à luz a mais de 100 demônios por dia.
Insatisfeito com a situação, Adão fala de sua esposa a Yahvé, que imediatamente enviou à sua procura três anjos: Senoi, Sansenoi e Samanglof. Eles a encontraram às margens do Mar Vermelho, onde mais tarde as tropas egípcias seriam engolidas por ordem de Moisés.
Como era de se esperar, Lilith se negou a voltar a ocupar seu lugar junto de Adão e fez ameaças dizendo que possuía poder de matar crianças. Então os anjos tentaram afogá-la no Mar Vermelho, porém Lilith advogou em causa própria e salvou sua vida com a condição de jamais causar dano a uma criança recém-nascida de onde viera seu nome escrito.
Finalmente Yahvé deu a Lilith, Sammael (Satã), e ela foi a primeira das quatro esposas do diabo e a perseguidora dos recém-nascidos.
Mas a ordem divina se converteu no centro de todas as fantasias de terror que provoca a sensação de indefesa, ou seja, Lilith poderia aparecer em qualquer momento da noite para levar uma criança, aterrorizando os pais dos pequenos. Podia também possuir um homem durante o sono. Esse constataria que havia caído debaixo de seu poder se encontrasse restos de sêmen ao despertar. É difícil evitar a conclusão de que Lilith se converteu em uma imagem de desejo sexual não reconhecido, reprimido e projetado sobre a mulher, que se converte em sedutora.
Continuou dizendo a ninfa Rosane que, em Gênesis, o mito estabelece que é a infração do mandamento de Yahvé (e não a sexualidade) a causa da expulsão do Paraíso à condição humana; e o conhecimento do bem e do mal, que alcançaram através da desobediência, tampouco se pode explicar em termos de conhecimento sexual. No entanto, tanto a desobediência como o conhecimento se associaram à sexualidade porque a primeira coisa que Adão e Eva "viram" quando "seus olhos se abriram" foi que estavam nus. Antes disso, andavam nus e sem vergonha.
A nudez, portanto, se converteu em sexualidade pecaminosa, especialmente quando a serpente fálica entra na especulação teológica. Em certas ocasiões a serpente era identificada como Lilith e se desenhava a serpente com um corpo de mulher, interpretando-se que a dita criatura era Lilith. Outras vezes a serpente tinha um rosto como o de Eva. Por esta razão, uma percepção da sexualidade como algo "não divino", invade as lendas de Lilith como aspecto escuro de Eva.
Cuidadosamente apagada da Bíblia cristã, Lilith permanece como símbolo de rebelião à repressão do feminino, na psique e na sociedade.
A ninfa Rosane Volpatto finaliza dizendo que tanto na literatura ortodoxa como na apócrifa, a sombra de Lilith seguiu cercando as mulheres até o século XV d.C. Nessa época, e utilizando as mesmas imagens incorporadas em Lilith, milhares delas foram acusadas de copular com o demônio, matar crianças e seduzir homens, ou seja, de serem bruxas. Segundo a ninfa, Lilith é o arquétipo da mulher indomada que luta apaixonadamente pelo poder pessoal, e suas características são: o destemor, a força, o entusiasmo e o individualismo; além de ser atividade e exuberância emocional.
Recuso-me a acreditar, querido diário, que uma mulher tão linda como a Lilith tenha se tornado um ser de espírito maligno, como bem relatou a ninfa Rosane.
Acredito que esse tal Adão não tenha dado a ela o seu devido e merecido valor, e talvez esteja aí o motivo de tamanha "insubordinação"!...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

AS PAIXÕES DE ZEUS
(Wikipedia)

Querido diário,
Dando prosseguimento às aventuras amorosas de Zeus, resolvi falar hoje das suas outras paixões: suas amantes, que, junto com seus filhos, eram odiadas e perseguidas por Hera. Mas como são muitas, registro aqui somente algumas:

Europa era uma princesa, filha de Aginor e Telefasa. Os deuses do Olimpo conheciam a sua beleza e tentavam raptá-la sem êxito. Foi então que Zeus se apaixonou por ela. Ao vê-la jogando com as suas amigas na praia de Sidon, Zeus ficou maravilhado. Tanto era o seu amor por ela que para se aproximar de Europa sabia que esta o podia recusar se se apresentasse naturalmente. Zeus decide transformar-se num belo touro para raptá-la. Ele adquire a forma de um touro branco, de feições nobres, com cornos parecidos ao crescente lunar, os quais não infundiam medo algum. Saiu do rebanho e aproximou-se do grupo das jovens, prostrando-se aos pés de Europa. Primeiro, a jovem assustou-se, mas rapidamente foi ganhando confiança. Optou por acariciar a cabeça do maravilhoso animal, colocando-lhe umas grinaldas de flores que as raparigas entrelaçavam entre os cornos. Europa decide então sentar-se em cima do animal, tão confiante e alheia do que a esperava. O touro beijou os pés da jovem, enquanto as suas amigas a adornavam. Zeus decidiu continuar o seu plano. O animal ergueu-se e sem demora lançou-se ao mar levando consigo Europa no seu dorso. Em vão Europa gritava, suplicando, mas o touro nadava furiosamente, afastando-se da costa. Da união de Zeus e Europa nasceram três filhos: o valente Sarpidon, o justo Radamantes e o legendário Minos, rei de Creta, de cuja família nascerá posteriormente o Minotauro, monstro com cabeça de touro e corpo humano.
Dânae, princesa de Argos, é filha do rei Acrísio, que, desapontado por não ter herdeiros masculinos, procura um oráculo. Este respondeu-lhe que mesmo se fosse até o fim da Terra seria morto por um seu descendente, filho de Dânae. A princesa era virgem ainda e, para que jamais tivesse um filho, o rei aprisionou-a numa torre de bronze, a qual manteve constantemente vigiada por seus guardas mais valorosos. Pretendia, assim, evitar que ela lhe desse um herdeiro, seu futuro assassino. Apesar de todos esses cuidados, Zeus, tomado de amores pela jovem e bela princesa, transmuta-se numa chuva de ouro, forma na qual tem relações com Dânae. E assim foi gerado Perseu. Tomando ciência do ocorrido, ordenou que fossem mãe e filho lançados ao mar, dentro de uma caixa de madeira. Foi a solução encontrada para que não atraísse contra si a ira do deus, matando-lhe um filho: as águas dariam cabo deles. Mas o destino não favoreceu Acrísio: a pedido de Zeus, Poseidon acalmou os mares, e ambos sobreviveram.
Alcmena era a Esposa do rei Anfitrião, de Tebas. Enquanto o seu marido estava lutando numa guerra, Zeus tomou a sua forma para enganar Alcmena, tendo com ela seu filho Hércules.
Leda era esposa do rei Tíndaro, de Esparta. Certa vez, Zeus transformou-se em um cisne e seduziu-a. Dessa união, Leda chocou dois ovos, e deles nasceram Clitemnestra, Helena, Castor e Pólux. Helena e Pólux eram filhos de Zeus, mas Castor e Clitemnestra eram filhos de Tíndaro.
Calisto foi seduzida por Zeus em disfarce de Ártemis. Calisto provocava ciúme em Hera, pois sua beleza cativara seu marido, Zeus. Hera então castigou-a transformando-a num urso. Calisto, no entanto, tentava ao máximo lutar contra seu destino mantendo-se o mais ereta possível, tentando assim conquistar a piedade dos deuses. Mas a indiferença de Zeus a fazia crer ser este deus cruel, apesar de nada poder dizer, pois agora só sabia rugir. Sua vida agora era de medo. Tinha medo dos caçadores que rodeavam sua antiga casa, pois tinha sido ela também uma caçadora. Temia as noites que passava sozinha. Temia as feras, mesmo que agora ela mesma fosse uma. Um dia, no entanto, em uma de suas caminhadas pelo bosque, reconheceu seu filho, Arcas, agora um homem, um caçador. Calisto, mesmo assim, quis abraçá-lo e ao aproximar-se provocou o medo do filho que lhe ergueu a lança e quando estava para deferir o golpe, Zeus, compadecido com o trágico acontecimento que estava por vir, afastou os dois colocando-os no céu. Calisto transformou-se na Ursa Maior.

A beleza de Io despertou a paixão de Zeus, que para cortejá-la cobriu o mundo com um manto de nuvens escuras, escondendo seus atos da visão de Hera. A estratégia falhou e a deusa, desconfiada, desceu do monte Olimpo para averiguar o que estava acontecendo. Numa vã tentativa de iludir sua esposa ciumenta, Zeus transformou sua amante em uma belíssima novilha branca. Intrigada pelo interesse do marido no animal e maravilhada com a beleza do mesmo, Hera exigiu a novilha para si e a pôs sob a guarda do gigante Argos Panoptes. Argos quando dormia mantinha abertos cinqüenta de seus cem olhos. Zeus encarregou Hermes de libertar sua amada. Para tanto, o mensageiro dos deuses, usando a flauta de Pã, pôs para dormir os olhos despertos de Argos, enquanto os outros cinqüenta dormiam um sono natural, e cortou sua cabeça. Hera recolheu os olhos de seu servo e os pôs na cauda do pavão, animal consagrado a ela. Io estava livre do cativeiro, mas não dos tormentos de Hera. O fantasma de Argos continuava a persegui-la. Para piorar sua situação, a deusa enviou um moscardo para picar a novilha constantemente durante sua fuga.
Antíope era o nome da filha do deus-rio beócio Asopo. Sua beleza atraiu Zeus que, assumindo a forma de um sátiro, a tomou à força. Após isso, ela foi carregada por Epopeu, rei de Sicião, que não a dava até obrigada por seu tio Lico. No caminho para casa ela deu à luz, na cercania de Eleutera no monte Citerão, aos gêmeos Anfião e Zeto, de que Anfião era o filho do Zeus, e Zeto o filho de Epopeu. Ambos foram deixados para serem trazidos por pastores. Em Tebas, Antíope agora experimentava da perseguição de Dirce, a esposa de Lico, mas enfim escapou rumo a Eleutera, e lá encontrou abrigo, intencionalmente, na casa onde seus dois filhos foram criados como pastores.
Sêmele também teve amores com Zeus, a quem pediu para mostrar todo o seu esplendor, quando estava grávida de Baco. Morreu fulminada quando Zeus se lhe apresentou com todo o seu poder e glória. Zeus então retirou do seu ventre Dionísio e o pôs em sua coxa, onde terminou de gerá-lo.

Surpreso, diário amigo?... Então espere que ainda tem mais!... Não foram só as mulheres que despertaram o amor do deus supremo do Olimpo. Em meio às suas grandes paixões, há uma do sexo masculino: Ganímedes (ou Ganimedes), príncipe de Tróia. Ao vê-lo, Zeus apaixonou-se por sua beleza, disfarçou-se de águia e o raptou para torná-lo copeiro do Olimpo.
É, meu amado diário, talvez agora você entenda o porquê das minhas constantes visitas ao psicanalista!...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

OS CASAMENTOS DE ZEUS
(Wikipedia)

Diário amigo,

Como eu disse anteriormente, Zeus era um polígamo convicto e colecionou esposas das mais diversas divindades (deusas e mortais), dentre elas, Métis, Têmis e Hera.
Primeiro, ele casou-se com Métis, a deusa da prudência, filha de Tétis e Oceanus. Quando Métis estava grávida de Atena, Gaia profetizou que este filho iria destronar seu pai Zeus, como havia acontecido com Cronos e com Urano, e que isso era um ciclo eterno.
Zeus, temendo que isto acontecesse, montou uma armadilha: fez uma brincadeira com Métis, no qual eles se metamorfoseavam. Métis não foi prudente e aceitou. Em algum momento Métis se metamorfoseou em uma mosca e foi engolida viva por Zeus. Isso de nada adiantou, pois depois a cabeça dele cresceria assustadoramente e Atena nasceria adulta da cabeça de Zeus, a profecia de Gaia estava errada.

A segunda esposa de Zeus foi Têmis, uma titã, deusa da justiça. As Moiras levaram Têmis até Zeus para se tornar sua segunda esposa, e as Moiras profetizaram que Zeus teria muito a aprender com Têmis, que era tão sábia quanto Métis. Foi ela que temperou o poder de Zeus com muita sabedoria e com seu profundo respeito pelas leis naturais.
Entretanto, o casamento do dois não foi de total doce harmonia, pois embora transitasse sabedoria entre eles, os ditames de um e do outro, sempre tinham um preço muito elevado, pois nada possui solução definitiva. Assim, o matrimônio com Têmis foi desfeito e Zeus casou-se, finalmente, com sua irmã Hera.
Apesar de casado com Hera, Zeus tinha inúmeras amantes (as paixões de Zeus). Usava dos mais diferentes artifícios de sedução, como a metamorfose em qualquer objeto ou criatura viva, sendo dois dos mais famosos o cisne de Leda e o touro de Europa. Assim sendo, teve muitos filhos ilegítimos com deusas e mortais, que se tornaram proeminentes na mitologia grega; Heracles e Helena, por exemplo.



Hera, sua irmã-esposa, retratada como ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, tanto que tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. O único filho de Zeus que ela não odiava, antes gostava, era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência. Possuía sete templos na Grécia. Mostrava apenas seus olhos aos mortais e usava uma pena do seu pássaro para marcar os locais que protegia. Hércules destruiu seus sete templos e, antes de terminar sua vida mortal, aprisionou-a em um jarro de barro que entregou a Zeus. Depois disso, ele foi aceito como deus do Olimpo. Ela era muito vaidosa e sempre quis ser mais bonita que Afrodite sua maior inimiga.
E por falar em filhos, cabe mencionar aqui, também, a prole que ele espalhou pelo Olimpo. Com Hera, Zeus foi pai de Hefesto (deus do fogo), Hebe (deusa da juventude), Ares (deus da guerra) e Ilítia (deusa dos partos). Antes de desposar Hera, foi pai de Atena, com sua primeira esposa Métis; e com sua irmã Deméter teve Perséfone.
Aliás, diário querido, além das esposas mencionadas acima, Zeus desposou, também, a minha mãe, Afrodite. Mas esta é uma outra história que não convém contá-la agora.

sábado, 4 de outubro de 2008


ZEUS, O SENHOR DO OLIMPO
(Wikipédia)

Meu diário confidente,
Eu não poderia deixar de falar dele, o principal responsável pelas minhas idas e vindas ao psicanalista, o polígamo e incestuoso Zeus, o meu progenitor.
Filho mais novo dos titãs Cronos e Réia, Zeus é o deus do céu e da Terra, senhor do Olimpo, deus supremo também conhecido pelo nome romano de Júpiter. Irmão de Posídon, Hades, Deméter, Héstia e Hera, deposou sua irmã Hera. É pai de diversos deuses, como Atena, Artemis, Apolo e Afrodite.
Contam por aí, diário amigo, que Zeus sempre foi considerado um deus do tempo, com raios, trovões, chuvas e tempestades atribuídas a ele. Mais tarde, ele foi associado à justiça e à lei, talvez por isso ela tenha se deixado levar pela soberba .
Durante muito tempo quem governou a Terra foi Urano (o Céu). Até que foi destronado por Cronos, filho de Urano e pai de Zeus. Então Urano profetizou que Cronos também seria destronado por um de seus filhos.
Cronos era casado com Réia, e quando seus filhos nasciam, ele os devorava. Assim aconteceu com Hera, Hades, Posídon, Héstia e Demeter. Quando nasceu o sexto filho, Réia decidiu salvá-lo com a ajuda de Gaia (a Terra), que desgostava Cronos porque ele aprisionou os Hecatônquiros no Tártaro, temendo seu poder, esses gigantes possuíam cem braços e cinquenta cabeças (Horripilante, não é mesmo, diário amigo?).
Gaia leva Réia para parir secretamente esse filho na Caverna de Dicte (em outras versões foi no Monte Ida) em Creta. Lá Reia dá seu filho que se chama Zeus (tesouro que reluz) aos cuidados de Gaia e das Ninfas da Floresta (em outras versões Zeus fica com os centauros), Zeus cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando ela morreu, ele usou a sua pele para fazer um escudo conhecido por Égide. Logo Réia retorna ao Palácio de Cronos, local onde Réia e seu esposo viviam e enrola em panos uma pedra e começa a fingir um parto, depois dá ao seu marido esse embrulho e ele o engole achando ser o sexto filho.
Zeus disfarçou-se de viajante e deu a Cronos uma bebida que o fez vomitar todos os filhos que tinha devorado, agora adultos. Após libertar os irmãos, iniciou a guerra Titanomaquia. Cronos procurou seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que reuniram-se no Olimpo. A guerra duraria 100 anos até que seguindo um conselho de Gaia, Zeus liberta os Hecatônquiros, então os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro (outros contadores de "causos" falam que os aprisionaram embaixo de montanhas). Então partilhou-se o universo, Zeus ficou com o céu e a Terra, Posídon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.
Apesar dos pesares, querido amigo, Zeus "é o cara" e orgulho-me muito de ser seu filho.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

EOSTRE, DEUSA NÓRDICA DA FERTILIDADE E DO RENASCIMENTO


Meu amado diário,
Quando retornava eu do bosque, encontrei a ninfa Flávia Silva , que reside no longínquo mundo encantado Wordpress. Notei que ela estava angustiada.
Aproximei-me dela e perguntei se precisava de ajuda. Ela respondeu-me que estava à procura de uma tal Eostre. Quis saber, então, como era essa pessoa e ela respondeu-me que Eostre não é uma simples mortal. Ela é a deusa da fertilidade e do renascimento, na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. Disse-me ainda que a primavera, lebres e ovos coloridos eram os símbolos da fertilidade e renovação associados à deusa Eostre.
E continuou dizendo-me que de seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern, em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa a “Deusa da Aurora”. É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da primavera, da ressurreição e do renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.
O nome Eostre ou Ostara (como também a deusa é chamada) tem origem anglo-saxã provinda do advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”. Muitos lugares da Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Walderck), Ostertube (uma caverna) e Astenburg.
Eostre era relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da primavera, momento em que trazia alegria e bênção à Terra. Por ser uma deusa um tanto obscura, pois muito do que se sabia sobre ela, acabou-se perdendo através dos tempos, e descrições, mitos e informações sobre Eostre são escassos.
Seu nome e funções têm relação com a deusa grega Eos (deusa do amanhecer). Alguns historiadores dizem que ela é meramente uma das várias formas de Frigg (deusa esposa de Odin), ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril. Outros pesquisadores a associam a Astarte e Istar, devido às similaridades em seus respectivos festivais de primavera, funções e qualidades.
Flávia disse que, segundo as lendas, Eostre tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia. Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com crianças quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre. Isto encantou as crianças. Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação porque não podia cantar nem voar. As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Eostre decidiu esperar até que o inverno chegasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quem sabe quando a primavera retornasse e ela fosse de novo restituída de seus poderes, pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns instantes?
A lebre assim permaneceu até que, então, a primavera chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferr no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua, que pode ser vista até hoje.
E continuou Flavinha dizendo que além de ser considerada a deusa da fertilidade plena e da primavera, Eostre é, também, a deusa da pureza, da juventude e da beleza. Flávia falou ainda que não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando, assim, vida a tudo o que existe.
Para finalizar, disse-me ela que, na época da primavera, era comum recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente. Acreditava-se que orvalho colhido nessa época, estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, e, por isso, tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.
Diário querido, não sei dizer-lhe ao certo se encantei-me com a história de Eostre ou com a pessoa que, pacientemente, descrevia-me a deusa. Mas de uma coisa tenho certeza: qualquer dia desses irei ao Mundo Encantado Wordpress visitar Flávia Silva, a minha mais recente amiga.