quinta-feira, 2 de outubro de 2008

EOSTRE, DEUSA NÓRDICA DA FERTILIDADE E DO RENASCIMENTO


Meu amado diário,
Quando retornava eu do bosque, encontrei a ninfa Flávia Silva , que reside no longínquo mundo encantado Wordpress. Notei que ela estava angustiada.
Aproximei-me dela e perguntei se precisava de ajuda. Ela respondeu-me que estava à procura de uma tal Eostre. Quis saber, então, como era essa pessoa e ela respondeu-me que Eostre não é uma simples mortal. Ela é a deusa da fertilidade e do renascimento, na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. Disse-me ainda que a primavera, lebres e ovos coloridos eram os símbolos da fertilidade e renovação associados à deusa Eostre.
E continuou dizendo-me que de seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern, em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa a “Deusa da Aurora”. É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da primavera, da ressurreição e do renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.
O nome Eostre ou Ostara (como também a deusa é chamada) tem origem anglo-saxã provinda do advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”. Muitos lugares da Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Walderck), Ostertube (uma caverna) e Astenburg.
Eostre era relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da primavera, momento em que trazia alegria e bênção à Terra. Por ser uma deusa um tanto obscura, pois muito do que se sabia sobre ela, acabou-se perdendo através dos tempos, e descrições, mitos e informações sobre Eostre são escassos.
Seu nome e funções têm relação com a deusa grega Eos (deusa do amanhecer). Alguns historiadores dizem que ela é meramente uma das várias formas de Frigg (deusa esposa de Odin), ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril. Outros pesquisadores a associam a Astarte e Istar, devido às similaridades em seus respectivos festivais de primavera, funções e qualidades.
Flávia disse que, segundo as lendas, Eostre tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia. Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com crianças quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre. Isto encantou as crianças. Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação porque não podia cantar nem voar. As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Eostre decidiu esperar até que o inverno chegasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quem sabe quando a primavera retornasse e ela fosse de novo restituída de seus poderes, pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns instantes?
A lebre assim permaneceu até que, então, a primavera chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferr no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua, que pode ser vista até hoje.
E continuou Flavinha dizendo que além de ser considerada a deusa da fertilidade plena e da primavera, Eostre é, também, a deusa da pureza, da juventude e da beleza. Flávia falou ainda que não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando, assim, vida a tudo o que existe.
Para finalizar, disse-me ela que, na época da primavera, era comum recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente. Acreditava-se que orvalho colhido nessa época, estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, e, por isso, tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.
Diário querido, não sei dizer-lhe ao certo se encantei-me com a história de Eostre ou com a pessoa que, pacientemente, descrevia-me a deusa. Mas de uma coisa tenho certeza: qualquer dia desses irei ao Mundo Encantado Wordpress visitar Flávia Silva, a minha mais recente amiga.


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