terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ATENA, DEUSA DA GUERRA, DA SABEDORIA E DAS ARTES
(www.nomismatike.hpg.com.br/Mitologia)



Meu querido amigo diário,

Hoje retornei ao psicanalista. Lá chegando, deparei-me com Ésquilo, poeta trágico grego, que contava em versos a história de Atena, deusa grega da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa.
Embora a mitologia lhe reserve várias atribuições, em todas elas Atena personifica a serenidade e a sabedoria características do espírito grego. Zeus, segundo a Mitologia Grega, para evitar o cumprimento de uma profecia, engoliu sua amante grávida, a Oceânide Métis. Depois ordenou a Hefesto que lhe abrisse a cabeça com um golpe de machado e dela nasceu Atena, já armada. Acredita-se que ela era originalmente a deusa-serpente cretense, protetora do lar. Adotada pelos micênicos belicosos, seu caráter tutelar completou-se com o de guerreira. Finalmente, transformou-se na deusa protetora de Atenas e outras cidades da Ática.
Como todos os deuses do Olimpo, Atena tem um caráter dual: simboliza a guerra justa e possui uma disposição pacífica, representando a preponderância da razão e do espírito sobre o impulso irracional. Em Atena reside a alma da cidade e a garantia de sua proteção.
Na sua tragédia Eumênides, o poeta Ésquilo deu expressão acabada à figura sábia e prudente de Atena, atribuindo-lhe a fundação do Areópago, conselho de Atenas. O mito afirma que Atena inventou a roda do oleiro e o esquadro empregado por carpinteiros e pedreiros. As artes metalúrgicas e os trabalhos femininos estavam sob sua proteção; o culto a Atena se baseia no amor ao trabalho e à cidade. Seu principal templo, o Pártenon, fica em Atenas, onde anualmente celebra-se em sua honra as Panatenéias e dão-lhe o nome de Atena Partênia.
Dizia o velho poeta grego, amado diário, que os romanos assimilaram Atena à deusa Minerva (que com Juno e Júpiter compunha a tríade capitolina) e acentuaram ainda mais seu caráter espiritual, como símbolo da justiça, trabalho e inteligência.
Saí da sala do meu psicanalista com um misto de êxtase e assombro devido à belíssima e fantástica história de Atena, muito bem contada pelo poeta trágico (e também soldado) Ésquilo.

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