terça-feira, 26 de maio de 2009



VULCANO, O DEUS DO FOGO E DOS METAIS
(http://www.joia-e-arte.com.br/)

Querido diário,
Numa daquelas incessantes sessões com o psicanalista, conheci a ninfa Márcia Pompei, que contou-me um história fabulosa (mais uma das ocorridas no Olimpo). Ela falou-me sobre Vulcano (ou Hefestos, como era chamado pelos gregos).
Vulcano foi concebido por Juno, esposa de Zeus. No entanto fora gerado apenas pela mãe, num momento de cólera, de vingança contra as infidelidades de seu poderoso marido. Quando ele nasceu, foi grande a decepção: seu corpo era feio e disforme, exatamente o oposto do previsto pela vaidosa Juno. Ela queria apresentar a todo o Olimpo uma linda e perfeita criança, fruto de sua solidão, envergonhando assim Zeus. Mas ao vê-lo assim, tão apavorante, resolveu atirá-lo ao mar, sem que ninguém soubesse de seu nascimento.
No fundo do oceano, Tétis e Eurínome apiedaram-se do menino e resolveram criá-lo. Aos nove anos partiu então para o seu destino. Já era nessa época um habilidoso artesão dos metais, do fogo e da forja. Ficou conhecido entre os gregos como o artesão divino, o perfeito metalurgista.
Segundo a ninfa Márcia, os antigos poetas gregos o descreviam como um deus que “trabalhava febrilmente em sua oficina à boca do vulcão da ilha de Lemnos.” Possuía muitos ajudantes que se utilizavam de ferramentas criadas por ele. Inúmeros foles alimentavam a fornalha usada no derretimento e trabalho com metais como ouro, prata, ferro e bronze. É ele o responsável pela criação e confecção da couraça de Hércules, o cetro de Agamenão, as flechas de Apolo, o escudo de Aquiles, o carro do Sol, a coroa de Ariadne, o cetro e os raios de Júpiter, e ricas jóias para as deusas.
Disse-me ainda a ninfa que certa vez Vulcano decide vingar-se da mãe que o rejeitou quando recém-nascido. Fabrica um lindo trono de ouro, capaz de hipnotizar os mais importantes deuses com sua beleza. O trono é enviado ao Olimpo sem destinatário. Todos os deuses se reúnem, ao seu redor, maravilhados com indescritível obra. Juno, a mãe de Vulcano, ouve os boatos e segue até o local onde se encontra a obra. Tão impressionada quanto os outros, decide sentar-se. Ali fica por horas, admirada por todos os deuses. Mas aos poucos todos vão embora e ao anoitecer Juno, sozinha, tenta levantar-se. Percebe, então, a armadilha. Fica presa e num gesto de desespero começa a gritar, acordando todos do palácio, inclusive seu marido Zeus. Os deuses comparecem, mas nenhum consegue quebrar o encanto do trono de ouro. Descobrem que o responsável pela armadilha foi Vulcano. Zeus pede a Baco que visite a Ilha vulcânica de Lemnos e traga o deus vingativo. Baco só consegue o intento após embriagá-lo com vinho. Após acordar, Vulcano diz que só libertará a mãe se a mão de Vênus, a mais bela das imortais, lhe for dada em casamento. Após longas horas, Zeus decide acatar o pedido do deus ferreiro. Vênus se casa com Vulcano, mas vinga-se do mesmo, traindo-o com inúmeros deuses.
Quando ela o traiu com Marte, também foi vítima de uma armadilha de Vulcano. O deus dos metais confeccionou uma fina rede e com ela envolveu os amantes durante seu encontro para poder mostrá-los assim a todos os deuses do Olimpo, comprovando a traição vergonhosa e expondo-os ao ridículo.
Vulcano produziu diversas obras metálicas, fossem para adornar e embelezar ou para proteger e vingar.
Para o rei Minos, de Creta, ele criou um gigante de bronze capaz de atingir altas temperaturas e afastar inimigos da ilha. O guardião agradou ao rei e foi de grande auxílio durante longos anos.
Infelizmente, não pude ouvir mais sobre esta fabulosa história, pois fui chamado pelo psicanalista para a consulta, e quando saí, a ninfa Márcia Pompei não mais estava no consultório.

Um comentário:

Flávia disse...

Eu sou a Flávia no antigo "Janela de Minh'Alma", http://flaviasilva.wordpress.com/ , por isso eu vim informá-lo que estou com um novo endereço:
http://peppertouch.blogspot.com/

Todos os textos no blog antigo foram transferidos para o blog novo, e alguns novos já foram adicionados.

Você será mais do que bem-vindo!!

Um grande abraço.

Flávia.